O Chevette é um típico carro global da Chevrolet, que já chegou a ser o mais vendido no Brasil. A propósito, há quase cinquenta anos do seu lançamento, o carro teve um bom índice de vendas durante toda a sua permanência no mercado automobilístico. Sua aparição se fez primeiro no Brasil, em 1973. Depois de seu lançamento no Brasil, a Chevrolet levou o modelo para a Europa, seis meses depois. Porém, na Europa, o veículo ganhou o nome de Kadett A.
A partir do seu lançamento, o Chevette ganhou várias versões com o tempo. De início, apresentou-se como sedã, fazendo muito sucesso. Isso se deve, em partes, ao seu design esportivo e uma carroceria menor que a do Opala. Obviamente, também se criou muita expectativa ao redor do lançamento. Afinal, o investimento de mais de 102 milhões de dólares feito na fábrica de São José dos Campos exigiu dedicação que satisfizesse as expectativas do atento público e imprensa. Com as novas versões vieram também melhorias na estética, na estrutura e na mecânica do modelo.
O primeiro modelo já veio para o mercado com novidades. Além de se apresentar com um bom carro para se dirigir, o Chevette inovou trazendo itens de segurança que ainda eram obrigatórios; como o pisca-alerta e a coluna de direção não-penetrante. Além disso, seu tanque de combustível, por exemplo, se localizava atrás do banco traseiro, em posição inclinada.
Evolução do Chevette
Três anos após o lançamento, a Chevrolet já trouxe um modelo ainda mais requintado. Tratava-se do Chevette SL. Suas principais inovações incluíam ajustes e apoio de cabeça inovadores para a época. Além disso, o interior do veículo também ganharam aspectos inovadores com acabamento superior. Internamente também, o novo modelo trazia um isolamento acústico aperfeiçoado.
Em 1978, a Chevrolet traz mais novidades para o carro tão aclamado. Dessa vez, o Chevette passou por uma reestilização. Com essas mudanças a traseira ganhou um aspecto inclinado e uma grade dianteira dividida. Também como novidade, essa versão veio com quatro portas. Apesar de não ter feito muito sucesso no Brasil, o país foi um importante produtor do modelo para a exportação.
Apesar das constantes melhorias, só em 1980 o Chevette passou por mudanças significativas. Nessa mesma época estava no mercado o Monza, e o Chevette nasceu de sua inspiração. Com motor movido a álcool, traseira nova e lanternas maiores, a versão teve nesse ano o seu melhor ano de vendas de todos os tempos. A partir daí, ainda em 1980, uma versão do Chevette se mostra como Perua Marajó. Essa versão nasce com uma capacidade de carga expressiva de 500 kg.
Em seguida, os anos trouxeram ainda mais inovações para o Chevette. Em 1984, a linha se apresentou com câmbio automático, em 1987 foi a vez de um novo estilo com para-choques de plástico e grade integrada. Para brigar com o Fiat Uno, a Chevrolet lança, em 1992 o Chevette Júnior, um veículo projetado para caber no benefício tributário do governo. Entretanto, apesar dos esforços da marca, o modelo não foi bem aceito.
Modelos Especiais
Além dos modelos tradicionais, o Chevette também ganhou versões especiais com o passar dos anos. Como exemplo disso, tem-se o GP, chamado assim alusivamente ao Grande Prêmio de Fórmula 1. Além disso, em 1976, o Brasil conheceu o Tropical, com rodas largas, retrovisor esportivo e toca-fitas. Em seguida, aparece a versão especial Jeans, da cor prata ou branca externamente e com o interior estilizado em brim azul. Por fim, em 1980, o modelo especial foi o Ouro Preto, um estiloso carro com carroceria dourada e faixas pretas, ou o contrário.
O Adeus do Chevette
Depois de vinte anos no mercado, porém, o Chevette deu adeus à produção. Isso se deu após a Chevrolet perder espaço para outras marcas da mesma categoria. Porém, o Chevette já havia feito história, como mais de 1,6 milhão de unidades fabricadas. Ainda hoje são encontrados mais de 221 mil só no estado de São Paulo, o que é uma prova da história e da firmeza do Chevette.