Os pneus são indispensáveis para a locomoção de um veículo e já demos dicas neste blog sobre como usá-los por mais tempo. Mas é inevitável que, uma hora ou outra, eles se desgastem por completo e precisem ser trocados. Então, você já pensou para onde vão os pneus velhos? Neste post, vamos falar sobre os destinos mais comuns deste item. Confira!
Preocupação ambiental
É incerto o tempo total que os pneus demoram para se decompor na natureza. Embora alguns estudiosos afirmem ser necessários mais de 150 anos, outros falam em cerca de 600 anos. Já algumas pesquisas indicam que os pneus nunca se deterioram por completo, ficando por tempo indeterminado depositados no meio ambiente.
Como a produção – e o consumo – de pneus é incessante, o descarte deles se tornou uma questão de cunho social e ambiental. Isso porque, além da demora na decomposição, quando queimado, esse produto libera uma fumaça tóxica e com diversos poluentes nocivos à saúde e à natureza. Quando jogado nos rios, pode acabar dificultando o fluxo da água e o depósito irregular pode criar focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue e outras doenças.
Legislação
Há muitos anos, o governo brasileiro adota medidas para solucionar esse problema. Desde a década de 1980, há normas que regulamentam a reforma de pneus velhos usados; seja por meio da recapagem, da recauchutagem ou da remoldagem. Em 1999, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estabeleceu regras ambientais de reaproveitamento a serem cumpridas pelas empresas fabricantes ou importadoras no Brasil. E em 2009, uma resolução do CONAMA atualizou as normas para prevenção da degradação ambiental causada por pneus inservíveis e a destinação ambiental adequada. Segundo a resolução, para cada pneu produzido ou importado, as empresas deverão dar destinação adequada a um pneu inservível. Essa medida é para que não cause danos ao meio ambiente ou à saúde pública.
Ações
Para cumprir essas normas, as principais empresas atuantes na fabricação de pneus no país decidiram formar uma entidade para gerir a coleta e a destinação correta desses produtos. A Reciclanip, criada em 1999, ajuda na distribuição de pneus para reforma. Ela tem como grande vantagem o preço muito menor que o de um novo. Mas, por lei, apenas veículos leves e de passeio podem usar pneus velhos reciclados.
O principal problema, entretanto, é causado pelos chamados pneus inservíveis. Aqueles que possuem danos irreparáveis e não podem ser reaproveitados para exercerem a mesma função. No Brasil, há um saldo de quase 180 mil toneladas desse material. Para não serem descartados de forma a acumular matéria no meio ambiente, 70% deles viram combustível em fornos de cimenteiras, devido ao alto poder calorífico. Já os 30% restantes se dividem entre:
Uso dos pneus velhos
– Asfalto borracha, uma solução sustentável que mistura o pó da borracha extraída dos pneus e adicionada a liga asfáltica. Com isso, a durabilidade aumenta 40% em relação ao asfalto convencional, além de conferir maior aderência;
– Artefatos e produtos de borracha, como solas de sapato, tapetes automotivos. Também borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos industriais e de quadras poliesportivas.
No post de hoje, vimos a importância de se pensar no descarte correto dos pneus para evitar danos à saúde e ao meio ambiente. Na hora de comprar pneus, dê preferência aos reciclados desde que estejam de acordo com as regras de qualidade e segurança do Inmetro. E na hora de descartá-los, faça isso em postos oficiais para que eles sejam corretamente destinados.
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